Quem é essa menina ?
Ninguém consegue me responder, todos ficam boquiabertos ao ver ela passar...E eu volto a perguntar.
Quem é ela ?
Mais novamente ninguém sabe me responder. Ela pisa suavemente,passos curtos e delicados,suas pernas firmes e grossas, nota-se um certo cuidado natural, digamos assim, com o seu corpo. Uma pele tão macia que à distancia consegue se notar isso, seu corpo é uma verdadeira obra de arte. Mais outra duvida toma conta da minha mente.
O que faz uma pessoa tão linda assim com linhas e traços tão perfeitos se afligir, ao olhar para aquele lindo rosto nota-se sinal de choro.
(...) Uma vida sem graça, monótona, que a única alegria garantida é saber que teve uma noite tranquila longe daquela mesmice,que assombra e persegue,mais que vida é essa ? Não seria melhor chamar de "ROTINA" ? Essa mesma pergunta atormenta aquela noite que era para ser tão tranquila, mais essa ainda é a parte fácil dessa tal vida. Acordar as quinze para seis, trocar-se, escovar os dentes, tomar café da manha, dar um beijo na mãe. Ao sair de casa escutar a mãe falar.: "Tchau filho ! Deus te abençoe e seu anjo da guarda te proteja", e responder.: "Amem, te amo mãe. Sair de casa com aquele aperto no peito por deixar ela sozinha, com uma angustia que não tem fim dominando o pensamento, por tudo que já que fez a ela, e ela continua la firme sendo uma verdadeira mãe. Se perguntando porquê aquilo acontece todo dia na hora em que esta saindo o ónibus chega, já são aproximadamente seis e dez, entra no ónibus, antes mesmo de passar a catraca nota que as pessoas no ónibus são as mesmas, os mesmos rostos, as mesmas conversas, o mesmo fedor de gente, conflito de fragrâncias falsas, autenticas, marcas diferentes. Mas sem deixar de ter o mesmo fedor que atormenta por quarenta minutos que fica dentro daquele ónibus, mais de certo modo depois de três anos,um dia mais, um dia menos já é fichinha(...)
Eu sempre vejo ela, mais ela nunca me vê , eu sempre a acompanho, mesmo ela nao sabendo que eu existo. Observo ela descer do carro, noto que o pai dela me olha estranho, não dou atenção, mais ao decorrer do dia aquela imagem me cria mais uma duvida, por que aquele homem me olhava tão estranho ? Aquele olhar não havia de ser só porque eu admirava a filha dele, eu pensava e pensava, mais não havia eu dado motivo algum.
Os dias seguiram normais e dia após dia aquilo martelava a minha mente e todo aquele brilho próprio da misteriosa menina foi se apagando, a beleza foi sumindo. Mais a paixão por ela continua la, guardado, escondido no canto mais obscuro do coração, com medo de sair...
Um comentário:
Fico MUITO bom, parabéns Vii, vc tá cada vez melhor, adoreiiiiiii demais isso, entrei mesmo na história, quero ler mais coisas, num para de escrever não viu??
Beijooo te adoro muito
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